segunda-feira, 30 de abril de 2012

História Chassídica - Chanan e seu violino

Chanan e seu violino
Por:Gershon Kranzler


Quando Chanan completou cinco anos seu pai, o famoso Dr. Yitschak Greenberg, advogado de destaque em Lodz, e filho do igualmente famoso Rabi Aaron Greenberg, deu a ele seu primeiro violino, no mesmo dia em que começou a estudar o Chumash. Para alegria do seu pai, Chanan provou-se aplicado tantos nos estudos judaicos quanto em sua música. Na verdade, seu talento no violino era tão impressionante, que o pai comprou-lhe um instrumento muito precioso, a obra prima de um famoso italiano de Cremona.

Porém a satisfação do Dr. Greenberg com o progresso do filho nos estudos teve curta duração. Quando Chanan contava pouco mais de dez anos os nazistas invadiram a Polônia. Colegas invejosos trataram de assegurar que o advogado judeu fosse um dos primeiros a serem presos. Ele morreu como um mártir pela fé. Chanan e sua mãe conseguiram esconder-se em Lodz durante um ano depois disso, quando então os alemães começaram uma caçada intensa por todos os lares judeus. Numa noite escura, a Sra. Greenberg e seu filho empreenderam uma fuga do terror e da fome. Quase perderam tudo que possuíam. Mas quando chegaram a Varsóvia, Chanan ainda se agarrava ao seu violino de madeira escura. Numa manhã gelada a caixa de madeira fora sacrificada para mantê-los aquecidos. Mas, quanto pior a situação, mais suaves eram as melodias que fluíam das cordas desprotegidas do violino. Elas forneciam consolo nos momentos de profundo desespero e pavor.

O Gueto de Varsóvia estava lotado além da sua capacidade, e a situação se tornava pior a cada dia. Fome, doenças e terror assolavam os assustados judeus na armadilha da qual não podiam escapar vivos. Chanan e a mãe moravam com o pai do Dr. Greenberg, no aposento único que os antigos seguidores do Rabino tinham arrumado para ele. O ancião parecia ser capaz de sobreviver sem comida, pois tudo que seus chassidim lhe levavam, ele dava à nora e ao neto. Apesar disso, a mãe de Chanan não conseguiu suportar a provação. Uma noite o idoso Rabino acordou o menino do seu sono inquieto. "Acorde, Chanan, pegue o violino e toque para sua mãe. Isso a ajudará a morrer mais facilmente." Chanan mal tinha tocado o violino durante os meses de sofrimento no Gueto, mas entendeu o desejo de avô e da mãe. Sua música era a única nota de beleza na situação em que viviam. 
Enquanto o Rabino recitava Tehilim, Chanan ficou ao lado da mãe e tocou como jamais tocara antes. Sua alma jovem, desesperada, fez surgir uma melodia de fé que tinha embelezado os últimos instantes das centenas de judeus que morreram com as palavras de "Ani Maamim" (Eu creio) nos lábios e no coração. Enquanto as notas da singela melodia cortavam o silêncio do Gueto naquela noite de terror, a mãe de Chanan devolveu sua alma ao Criador, levando a mensagem da fé infinita dos moradores do Gueto perante Seu sagrado trono.

Chanan estava órfão. Durante um ano inteiro ele não tocou seu violino, embora cuidasse dele com carinho. Quando não estava estudando com o avô, contemplava as cordas silenciosas, e suas mãos jovens percorriam o gracioso desenho da madeira, com uma ternura e um amor que estavam além do seu entendimento.

O Levante do Gueto tinha começado, e a sensação de armadilha mudou subitamente de medo e tristeza para inspiração e coragem. 

Certo dia ao amanhecer, quando os habitantes do Gueto estavam se aprontando para marcharem para a morte, o idoso Rabino disse a Chanan: "Agora não é hora de tristeza, meu filho. Pegue seu violino e toque para os judeus que vão morrer pela glória de D'us e de Seu povo. Estou velho demais para lutar. Mas você não é jovem demais para ajudá-los com a inspiração da sua música."
Chanan apanhou o arco e o violino e saiu de casa. Ele teria preferido levar um revólver, como muitos dos seus companheiros. Mas ele percebeu que tinha algo melhor a oferecer que os outros meninos e meninas. E de fato, para os homens e mulheres que caminhavam para o caos sabendo que não regressariam, a música de Chanan era como um remédio. Eles sentiam o coração mais leve com os acordes do violino e os sons da Canção da Fé, à medida que Chanan seguia com eles e os acompanhava à cena da sua batalha sem esperanças. 

Com freqüência, o menino se aproximava da cena de batalha, e as balas passavam perto dele e do seu precioso violino. Porém, como se estivesse imune àquilo tudo, ele caminhava despreocupado pela saraivada de balas, vivendo apenas para aqueles que iam para a morte. Os judeus do Gueto começaram a pensar nele como um talismã. Enquanto sua música tocasse, eles se defendiam, com unhas e dentes, do inimigo que era mil vezes superior a eles em número, treinamento e armas. Os alemães às vezes vislumbravam o menino com o violino a distância, e suas melodias os assombravam em seu sono. Começaram a temê-lo como um mau presságio, e foi prometida uma recompensa especial pela sua captura. Eles perceberam que para os galantes defensores do Gueto, o menino com o violino valia mais que uma centena de combatentes.

No quadragésimo dia da heróica resistência no Gueto de Varsóvia, os nazistas apanharam Chanan e seu violino. Tinham capturado uma casa fortemente defendida. Quando entraram no porão, viram o menino sentado no chão, com um velho de barba e cabelo brancos que jazia morto sobre o seu colo. Chanan não se deu mais ao trabalho de fugir. Ficou ali sentado, contemplando o rosto amado do avô morto, sem mais vontade de lutar pela vida. Os nazistas o trataram como uma sensação, e não como a um inimigo. Muitos adolescentes, meninos e meninas, tinham lutado lado a lado com os homens e mulheres do Gueto, e os brutais alemães não tinham mostrado mais misericórdia com eles do que aos judeus adultos. Porém Chanan tinha se tornado uma espécie de lenda entre os soldados armados que abriam caminho para o interior do Gueto, e eles estavam ansiosos por conhecê-lo.

Não menos ansioso que seus homens estava o Coronel Von Bibra, seu impiedoso comandante, que esmagara a rebelião sem dó. Ele pediu ao menino que tocasse o violino. Porém Chanan recusou-se a obedecer a ordem dos seus captores. Eles o espancaram e chutaram, mas ele apenas respondeu: "Jamais tocarei para vocês, seus açougueiros." Antes que o Coronel Von Bibra entrasse para a carreira militar, ele tinha sido o primeiro violino num Quarteto de Música de Câmara, como a maioria dos seus ancestrais. Amava a música e por isso hesitava em matar o garoto, ou destruir seu violino. Mas quando percebeu que nem a bondade, nem a brutalidade, o induziriam a tocar, ele o enviou para Treblinka, o campo de extermínio, onde milhares de judeus morreram nas mãos do nazistas.

"Toque para nós, Chanan" – imploravam seus companheiros nas barracas frias e imundas. Mas Chanan não atendia os pedidos. Seus olhos estavam distantes, muito distantes, onde nenhuma voz humana conseguia alcançá-lo. Tudo aquilo que tinha vivido e sonhado parecia errado agora. "Não posso, não posso tocar" – repetia ele consigo mesmo, os olhos pregados no arco e nas cordas do violino. Ele não precisava de uma desculpa para apresentar aos companheiros. Eles entendiam aquilo que estava se passando dentro dele, e não exigiam o impossível, embora ansiassem pelo conforto da música de Chanan, sobre a qual tinham ouvido comentários feitos pelos poucos sobreviventes do Levante do Gueto de Varsóvia.

Certa noite Chanan estava dormindo num catre a um canto, e em seu sonho o velho Rabino, seu querido avô, apareceu a ele: "Você está aqui, frio e insensível às almas dos seus irmãos. Sabe que por causa da sua recusa em tocar, eles têm medo da morte?"

No dia seguinte, quando o costumeiro grupo de prisioneiros foi levado para a morte pelos guardas do campo, Chanan endireitou seu arco e afinou as cordas do violino. Quando o grupo saiu marchando, ele tocou a Canção da fé, que tocara pela primeira vez quando sua mãe estava morrendo devido aos horrores da vida no Gueto. Sorrisos de felicidade surgiram no rosto dos condenados enquanto caminhavam para a morte. Eles olhavam através dos rostos sorridentes dos seus carrascos, como se estivessem vendo o mundo melhor e mais elevado que os esperava, além dos muros silenciosos dos matadouros e da brutalidade de uma morte horrível.

Capitão Bauer, o comandante do campo, estava de plantão o tempo todo. Certa noite, quando passava pelas barracas para conferir o trabalho dos guardas, ouviu música. As lindas melodias fluíam das cordas de um violino e ecoavam nas vozes profundas e melancólicas do coro de prisioneiros. Havia um espírito de desafio; havia esperança e felicidade no meio da sua tristeza. Não era isso que o Capitão Bauer esperava das suas vítimas. Portanto, ficou perplexo ao ouvir a revolta espiritual que ecoava nas vozes dos prisioneiros. Tocou seu apito, e à frente de um grupo de guardas da SS, ele entrou nos barracões de onde tinha vindo a música. Viu o menino de pé no meio da sala grande, cercado pelos internos do campo, cujos rostos pálidos empalideceram ainda mais quando os potentes fachos das lanternas passaram por eles. Pararam de cantar, mas Chanan continuou a tocar seu violino, alheio a tudo que se passava ao redor. Permaneceu no escuro, os olhos cerrados, melodia após melodia fluindo pelo seu corpo. Foi agarrado rudemente por um homem da SS, que o sacudiu do seu transe. Foi levado até o Comandante. Ali, o Capitão Bauer ordenou-lhe que tocasse. E novamente Chanan respondeu: "Meu violino não toca para vocês, açougueiros." Foi espancado e chutado, mas em vão.

O Capitão Bauer não era tão sentimental quanto o Coronel Von Bibra. Seus antepassados tinham sido camponeses rudes, não cavalheiros que cultivavam as finas artes quando não estavam extorquindo viajantes ricos. Portanto, não estava disposto a brincar com um obstinado garoto judeu. Puxou o revólver e disse a Chanan para tocar ou morrer. O menino tinha olhado de perto, mais de uma vez, o cano de revólveres, e tinha perdido todo o medo da morte. Esperou pelo fim, abraçado ao violino. O Capitão Hans Bauer estava a ponto de apertar o gatilho quando uma idéia brilhante passou pela sua mente perversa: "Leve o garoto para as câmaras de gás, e faça-o tocar ali. Ele diz que toca apenas para os judeus." O guarda bateu os calcanhares, fez uma continência e apressou-se a cumprir a ordem do seu comandante. Antecipando a diversão, ele empurrou Chanan na manhã seguinte até as casas de tijolos com as câmaras de aço.

Chanan tinha ouvido falar da morte pelo gás, e tinha visto o tipo de tratamento que os alemães tinham dado aos judeus no Gueto de Varsóvia. Porém não estava suficientemente calejado para os gritos dos moribundos por trás das enormes portas seladas. Chanan olhou para seu amado instrumento que tinha nas mãos. Sua cor castanho escuro parecia ter se transformado em vermelho sangue, e em vez das doces melodias havia apenas aqueles gritos assustadores e gemidos de agonia. 

Não havia esperança por trás daquelas portas, e não havia sentido em continuar vivendo. Chanan agarrou o pescoço esbelto do violino com as duas mãos, ergueu o instrumento acima da cabeça e esmagou-o no rosto do SS mais próximo. Um minuto depois, seu corpo jazia ao lado do instrumento destruído. Capitão Bauer ordenou que Chanan fosse enterrado junto com os pedaços do violino. Ele tinha um senso para o dramático, e seus amigos, quando voltasse para casa, apreciariam a narrativa desta parte de suas histórias de guerra.

Aos poucos afortunados que escaparam do horror de Varsóvia e Treblinka, Chanan nunca morreu. Eles sempre verão o menino quando este caminhava em meio à rajada de balas, inspirado, e inspirando desafio e fé, com as melodias do seu violino de madeira escura.



Fonte:Chabad.Org.Br

Ter um Sefer, é Ter Seu Melhor Amigo


Ter um Sefer, é Ter Seu Melhor Amigo

Por:Chezi


Chazal diz em Pirkei Avos 1:16, “Adquira um Rav, e obtenha (kaneh) um amigo para você mesmo (chaver)”. É trazido em seforim diferentes que a palavra kaneh dá uma idéia de utensílio de escrita que se usa para escrever livros sagrados. O ideal é que se deva encontrar um Rav, mas se não for possível, uma maneira de retificar isso é conseguir (haneh) um amigo para si.Ou seja, devemos nos conectar aos livros sagrados e deles aprender bem; e fazendo assim, saberemos quem é o verdadeiro Rav.
(Tipat Likutei Halacha) 

Como o Alimento Sustenta o Homem?

Tudo neste mundo está fundamentado nos quatro elementos essenciais: Fogo, Ar, Água e Terra.O homem e o alimento que ele ingere também estão enraizados nesses elementos.A essência do “sopro de vida” da pessoa é levada através do alimento que ela consome como é observado empiricamente.A vitalidade da pessoa é sustentada através disso.


Mas,o foco principal é que nem só de pão uma pessoa é sustentada, ou seja, “através do que procede da boca de Hashem”, o que significa dizer que a pessoa é sustentada através do sopro de vida que Hashem põe no alimento que é ingerido. A essência dessa vitalidade é da Torah de onde o sopro de vida é posto(ambos em Likutei Moharan e Likutei Halachos).

Portanto, o ser humano precisa se alimentar de acordo com a Torah e a Halacha, que relatam o conceito de “E Tua Torah está no íntimo de meu Ser."(Salmos 40:9)*.Nenhum item alimentar tem a força para sustentar uma pessoa a não ser que esteja ligado na Torah, a qual é a fonte de sua vitalidade.Repetindo, isso é um conceito que vem da boca de Hashem que dá a vida ao homem.
”Isso corresponde a bracha que uma pessoa deve dizer em cada item de alimento que desejar ingerir porque a bracha está associada a “Tudo que vem da boca de Hashem,etc, “que se associa ao “sopro de vida” da santidade.Essa é a essência da vitalidade.
Tipat Likutei Halachos

Fonte:http://portuguesenanach.blogspot.com.br/

Jogo do Milhão - "Quem quer ser um Tzadik?"- Jogo Online


Jogo do Milhão
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Divirta-se nesse jogo de conhecimentos básicos da Torah.
Como Jogar:
Use o Mouse para todas as ações


Música Vídeo - Maaminim - Mordechai Ben David


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Mordechai Ben David - Maaminim

A linda música Maaminim, cantada pelo grande cantor Mordechai Ben David.






domingo, 29 de abril de 2012

História Chassídica - O Lindo Espelho

O Lindo Espelho
Por:Chanah Zuber Scharfstein; do Chamado do Shofar 
Editado por: Nissan Mindel.

Esta é a história de um espelho lindo e muito especial. Pendia sobre uma parede na sala de jantar de uma bela casa que pertencia a um homem rico. O espelho era grande e quadrado, com uma moldura larga e grossa de ouro, entalhada com belos desenhos de folhas e flores. Todos aqueles que viam o espelho o admiravam, mas todos percebiam também que era imperfeito. Em um dos cantos, veja você, o aço prateado do revestimento tinha sido raspado, de modo que esta parte do espelho era vidro comum. As pessoas comentavam sua beleza e então diziam: "Oh, que pena! É uma tristeza que o espelho esteja danificado!" Para surpresa de todos, o proprietário do espelho dizia aos visitantes que fora ele mesmo quem deliberadamente raspara a cobertura de prata! Pode imaginar ter um espelho caro como esse, uma obra de arte, e então estragá-lo? Mas deixe-me contar-lhe a história daquele espelho.

Muitos anos atrás, em uma cidadezinha da Polônia, vivia um homem chamado Avraham. Tinha uma pequena loja e ganhava apenas o suficiente para cuidar de sua família. Não era rico, mas também não era um homem muito pobre. Tinha apenas alguns fregueses. Às vezes as pessoas saíam sem nada comprar porque Avraham não tinha muitos artigos para escolherem. As pessoas iam às lojas maiores, porque ali poderiam encontrar aquilo que queriam.

Avraham estava feliz com a vida que levava. Embora não fosse rico, sempre tinha o suficiente para dividir com os outros. Nenhuma visita que fosse à sua casa saía com fome. Toda vez que um pobre precisava de ajuda, Avraham sempre achava algum dinheiro para dar-lhe. Avraham e sua mulher viviam uma vida muito simples. A casa era pequena, e na verdade necessitava de uma demão de tinta, mas jamais havia dinheiro suficiente para isso. Achavam que era mais importante ajudar alguém com problemas que pintar a casa. Seus móveis eram velhos pelo mesmo motivo. As cortinas nas janelas provavelmente já tinham sido lavadas mais de cem vezes. Avraham e a mulher não tinham tapetes no chão. Suas roupas eram simples, e não compravam coisas novas com muita freqüência. Muitas de suas xícaras e pratos tinham arranhões e rachaduras. A comida era muito simples.

É verdade, a casa não era luxuosa. Mas era um verdadeiro lar. Era um local aconchegante e feliz. Todos se sentiam confortáveis e à vontade ali. Avraham recebia muitas visitas porque todos sabiam que ele era gentil e gostava de ser útil.

Certo dia, Avraham estava de pé à porta de sua lojinha esperando pelos fregueses quando percebeu um estranho que se dirigia para lá. Era uma cidade pequena, portanto ele conhecia todas as pessoas do local. Quando o estranho estava perto da loja, Avraham perguntou-lhe como poderia ajudá-lo. "Talvez o senhor goste de ir até minha casa e descansar um pouco," disse ele. "Se estiver com fome, por favor, seja meu convidado. Se tiver sede, venha comigo para beber alguma coisa. Talvez precise de dinheiro? Nós o ajudaremos." O convite de Avraham era tão caloroso e amigável que o estranho decidiu parar em sua casa para um descanso.
O que Avraham não sabia era que este não era um estranho comum. Era um Rebe famoso, muito santo e muito sábio, de uma cidade distante. Estava a caminho de um casamento e por acaso passara pela cidade de Avraham. O Rebe era um homem importante e muitas pessoas na Polônia viajavam longas distâncias para escutar suas palavras de sabedoria, ou para solicitar uma bênção ou prece em tempos de necessidade. Teria sido uma grande honra para qualquer casa receber o Rebe como hóspede.

O Rebe logo percebeu a grande bondade e generosidade de Avraham. Ele conhecia muitas pessoas ricas que poderiam ter ajudado os pobres com mais facilidade que Avraham, mas que faziam muito menos que ele. O Rebe apreciou sus breve estadia. Antes de ir embora, abençoou Avraham com riquezas, para que pudesse continuar ajudando os pobres e necessitados mais facilmente.

Depois que o Rebe saiu, a loja de Avraham tornou-se subitamente um local muito movimentado. Os fregueses chegavam durante todo o dia. Todos achavam aquilo que queriam, e as pessoas não precisavam mais sair de sua loja para comprar em outro local. A cada dia que passava, Avraham tinha mais clientes novos e mais dinheiro para levar para casa. Logo precisou ampliar a loja para acomodar tantos fregueses novos. Após algum tempo, Avraham tornou-se um lojista muito importante e rico. Tornou-se um dos homens mais abastados da cidade. A bênção do Rebe, de que Avraham se tornaria rico, tinha sido cumprida.

Ser rico parece tremendamente bom quando se é pobre. As pessoas às vezes pensam que, se fossem ricas, a vida seria bela. Mas ser rico pode ser um problema, também. Agora que Avraham tinha uma grande loja, tinha muito mais trabalho a fazer. Preocupava-se com ladrões que poderiam assaltar a loja ou sua casa. Preocupava-se com os negócios. Queria que a loja continuasse crescendo. Desejava uma casa muito bonita. Queria roupas novas e luxuosas. Como Avraham estava ocupado com a loja, tinha menos tempo para estudar Torá e ir à sinagoga para rezar. Nem sequer tinha tempo para se incomodar com os pobres. Avraham podia ser visto somente em entrevistas com hora marcada. Seus secretários tinham ordens de dar dinheiro às pessoas necessitadas que vinham pedir ajuda, mas Avraham não tinha tempo de ouvir suas histórias ou problemas.
Avraham e a esposa mandaram construir uma casa novinha em folha, que parecia quase um palácio. Tinha muitos quartos, e todos eram grandes e bonitos. Nas janelas, pendiam drapeados de veludo macio. Os pisos eram cobertos com tapetes espessos. Havia papel de parede em todos os aposentos. A cozinha estava repleta de novas panelas e caldeirões. Havia muita louça fina nos armários. Todos os móveis eram finos e caros. A mesa da sala de jantar era feita de madeira brilhante. As cadeiras da sala de estar eram macias e estofadas. Sobre as paredes, pendiam quadros originais de grandes artistas. E em uma das paredes da sala de estar pendia um enorme espelho. Era tão grande que quase cobria toda a parede. Ao redor do espelho havia grossa moldura de ouro. Ninguém mais na cidade possuía espelho tão refinado. Todos que o viam falavam de sua beleza. Era realmente uma obra prima.

Havia muitos criados na nova residência. Mas esta casa era tão requintada, que Avraham não queria deixar mendigos ou pessoas pobres entrarem. Os estranhos não eram mais convidados para uma refeição. Os criados abriam a porta e davam algum dinheiro aos necessitados, mas isso era tudo.

"Avraham está diferente" - diziam as pessoas. "Mudou desde que se tornou rico. Que pena! Ele era sempre tão gentil e bom, e olhe para ele agora. Não tem mais tempo para nós." E balançavam tristemente a cabeça, lembrando-se dos bons tempos, quando Avraham nunca estava ocupado demais para ajudar os outros.
O tempo passou. Certo dia, um mensageiro foi visitar Avraham. Tinha sido enviado de uma longa distância, pelo famoso Rebe que tinha dado a Avraham a bênção da riqueza. A notícia da boa sorte de Avraham tinha chegado aos ouvidos do Rebe, e agora ele precisava de ajuda. Um inocente judeu tinha sido posto na prisão sob falsas acusações, e era necessária grande soma de dinheiro para libertá-lo. Avraham, naturalmente, ficou feliz em ajudar. Deu ao mensageiro a quantia e mandou-o de volta com votos de boa viagem de retorno. Enviou também lembranças ao Rebe.

O mensageiro tinha cumprido sua missão, mas não se sentiu feliz. Tinha sido difícil para ele falar pessoalmente com Avraham. Os secretários não queriam deixar um estranho entrar no escritório particular de Avraham. Este tinha dado a ele o dinheiro, mas não o convidara à sua casa para comer e descansar. O mensageiro ficara surpreso. O Rebe tinha elogiado Avraham, e sempre falava de sua hospitalidade e de seus costumes caridosos. O mensageiro não podia entender o que estava acontecendo.

Quando voltou ao Rebe, deu-lhe o dinheiro e relatou tudo sobre a viagem. O Rebe balançou tristemente a cabeça. Ele entendia que Avraham, o homem pobre, tinha um coração de ouro, mas Avraham, o homem rico, com todo seu ouro, parecia mais ter um coração de pedra. O Rebe decidiu visitar Avraham para ver o que se poderia fazer.
Quando o Rebe chegou à casa de Avraham, este o recebeu calorosamente, e convidou-o a entrar. A casa parecia muito diferente daquela em que Avraham vivia quando o Rebe o visitara pela primeira vez. Era espaçosa e bonita, mas desaparecera a amizade e o calor que se notavam na antiga casa simples. O Rebe caminhou sobre o pesado tapete. Observou os caríssimos quadros. Contemplou a mobília nova e dispendiosa, e as cortinas drapeadas feitas do veludo mais fino e macio. E então avistou o espelho. Olhou para sua reluzente moldura de ouro. Era o maior espelho que jamais vira.

"É uma mudança e tanto, não é?" disse Avraham com um sorriso encantado no rosto. "E aquele espelho" - continuou - "é meu tesouro favorito. De todos os objetos encantadores que possuo, o espelho é o que mais gosto. Custou muito dinheiro, mas valeu a pena. É realmente uma obra prima, uma obra de arte, não é? disse ele, voltando-se para o Rebe.

"Sim" - respondeu o Rebe. "Uma mudança e tanto. Uma enorme mudança." Disse isso suavemente, em voz baixa e séria, e seu rosto parecia triste.

De repente, o Rebe chamou Avraham. "Venha até aqui" - disse ele, e pediu-lhe que caminhasse até o espelho, e parasse em frente da peça. O Rebe então afastou-se um pouco e pediu a Avraham para dizer-lhe o que via.
Avraham estava intrigado, mas respondeu: "Eu mesmo. É isso que vejo no espelho. Meu próprio reflexo - isso é tudo que posso ver."

"Olhe mais de perto" - disse o Rebe. "Que mais pode ver?"
"Vejo minha linda mobília refletida no espelho. Vejo meus quadros. Vejo os tapetes e cortinas. Posso ver muitas coisas na minha linda casa" respondeu Avraham.

O Rebe então dirigiu-se à janela com Avraham. Afastou as cortinas e disse a Avraham para olhar para a rua lá fora. A casa de Avraham estava em uma grande avenida e as pessoas estavam sempre passando. Como era uma cidade pequena, Avraham conhecia quase todas as pessoas que passavam pela casa. O Rebe fez-lhe muitas perguntas sobre as pessoas que viam. E Avraham contou-lhe que a mulher com uma cesta era uma viúva pobre com muitos filhos pequenos. Ela estava esperando que pessoas bondosas pusessem comida para sua família na cesta. Falou ao Rebe sobre Bentze, o carregador de água, que estava ficando velho e achava difícil carregar sua mercadoria. Apontou para Yankel, o alfaiate, um excelente judeu que ia à sinagoga todos os dias, mas era muito pobre e nunca tinha dinheiro suficiente para a família.

Avraham estava se perguntando por que o Rebe lhe fazia todas estas questões. O Rebe era um homem sério que não tinha tempo a desperdiçar. Por que estaria tão curioso sobre todas estas pessoas?
Então o Rebe disse a Avraham: "É estranho, não acha? Um espelho e uma janela são ambos feitos de vidro, e mesmo assim bastante diferentes."

"O que quer dizer? perguntou Avraham.

"Bem" - disse o Rebe - "quando você olhou no espelho, pôde apenas ver a si mesmo e os objetos que lhe pertencem. Pôde ver muito mais quando olhou pela janela. Então pôde avistar todos seus vizinhos e amigos da cidade inteira."

"Isso é verdade" - disse Avraham. "Um espelho e uma janela são ambos feitos de vidro. A janela é transparente. A luz pode passar através dela. É transparente e pode-se ver tudo. Por outro lado, o espelho é coberto de prata em um lado. Os raios de luz não podem passar por ele, e portanto um espelho pode apenas refletir aquilo que está à sua frente."

"Entendo" - disse o Rebe, assentindo com a cabeça. "Entendo. O pedaço de vidro simples é transparente, permitindo que se veja outras pessoas e suas vidas. Mas quando está coberto com prata, então você pode apenas ver a si mesmo. Ora veja, muito interessante. É realmente fantástico, não é? Você acha que funciona da outra maneira também? Você poderia pegar um espelho e raspar a prata, para que pudesse ver a todos, em vez de apenas você mesmo?"

Os olhos de Avraham encheram-se de lágrimas. Sentiu-se tão envergonhado. Finalmente, estava começando a entender tudo que lhe tinha acontecido desde que se tornara rico.

Naquela noite, Avraham deu uma grande festa em sua casa. Toda a cidade foi convidada, especialmente as pessoas pobres. Todos se divertiram muito. Então Avraham solicitou silêncio. Fez um breve discurso e pediu o perdão de todos. Disse aos convidados que estava arrependido pela forma como agira quando se tornou rico. Sua vida seria diferente a partir daí. Prometeu a eles que suas portas estariam sempre abertas para todos, e que jamais estaria ocupado demais para ajudar aqueles que dele precisassem.

Depois que os convidados se foram, Avraham caminhou até seu lindo espelho. Com uma faca afiada, raspou a prata que revestia um dos cantos. Não parou até que aquela parte estivesse tão clara quanto vidro. Somente então ficou satisfeito.

Fonte:Chabad.Org.Br

Kotel HaMaaravi em 3D

Muro das Lamentações 
em 3D
Experimente a sensação de estar em pé no Kotel HaMaaravi nesse incrível flash 3D Panorâmico do Muro das Lamentações em Jerusalém!

Música Vídeo - "Mizmor L'David "(Salmo 23) - Yosef Karduner

Miniatura
Música - "Mizmor L'David"
Yosef Karduner canta sua  linda versão do Salmo 23, durante uma noite de música e inspiração com Rabi Lazer Brody em Mevo Modiin, Israel.



Kabalah da Alimentação e Auto-cuidado - Preciosos Ensinos de Rabeinu Nachman!

Kabalah da Alimentação
Tradução - Adaptação Por:
Gabriel Yosef Ben Yashar

Alimente-se com Dignidade

Se a pessoa ingere um alimento puro, ou seja, em conformidade com as leis alimentares(Kashrut) e ela come de uma forma digna, sem engolir a comida às pressas, sua capacidade mental é melhorada, enquanto sua insensatez é subjugada.  No entanto, aquele que come como um glutão a loucura o dominará e ele perderá a sua inteligência. A luz do Tzaddik será escondida dele e ele não será capaz de aprender como amar e temer a D'us.

Likutey Moharan I, 17

Tenha cuidado para não engolir sua comida com pressa. Coma em um ritmo moderado, com calma e com os mesmos modos à mesa que você mostraria se um hóspede importante estivesse presente. Você deve sempre comer desta maneira, mesmo quando você estiver sozinho.

Chayey Moharan # 515

Cuide do seu corpo físico, a fim dele se assemelhar a sua alma.

Likutey Moharan I, 22



O Poder da Bênção do Shochet

Quando o abatedor - o shochet - faz a bênção antes de matar o animal, ele deve ter em mente elevar a alma encarnada no sangue do animal. A bênção do shochet tem um efeito sobre a sobrevivência de todo o povo judeu.

Alguns shochetim falham em não se concentrarem corretamente sobre o significado dessa bênção, abrigando pensamentos impróprios. Tal shochet com a faca erguida para o abate do animal não é pior que um assassino. Que sofrimento esta alma experimenta vivendo naquele momento. Ela chora com um gemido amargo porque esta bênção inválida que o shochet fez, não irá elevar sua encarnação. Pelo contrário, isso a lançará ainda mais baixo do que antes, assim é dito: "não encontrou lugar para pousar a planta de seus pés" (Gênesis 8:9).

Ai do tal shochet! Ai da alma, que ele matou e a entregou nas mãos dos seus inimigos. O que prejudica a vida das pessoas que já tem pouco, e o pouco que está disponível só pode ser adquirido com grande trabalho e esforço. Tal Shochetim faz com que sua alma se torne escrava da fisicalidade do corpo e dos desejos materiais.

Mas quando os shochtim são dignos, a alma é elevada e a parte ruim do corpo é humilhada e subjugada. O corpo é o lugar da animalidade,loucura,trevas, morte. No lugar disso, a alma e a forma são elevadas. Estas são as raízes de tudo o que é verdadeiramente nobre no homem - o entendimento, luz, vida, memória, bondade e sabedoria da Torá. Através dessas coisas o mundo é abençoado com abundância e prosperidade.

Likutey Moharan I, 37

Acorde!

Há pessoas que dormem fora todos os dias. Algumas caíram no sono por causa do desejo e da injustiça. Há outros casos em que as pessoas verdadeiramente boas caem somente por causa de um belo alimento. Quando uma pessoa,ás vezes, consome um alimento que não é suficientemente puro ou seja apto para o consumo, a sua mente em seguida, cai em uma espécie de "sono".

Quando uma pessoa come em santidade e pureza,o rosto físico e a "face" interior que é a sua alma se tornam radiantes com tal pureza. Mas, se ela come sem santidade, a comida prejudica o coração fazendo-a perder esta face interna, de modo que ela cai em um "sono". Ela ainda pode imaginar que ela está servindo a D'us, quando ela se ocupa com a Torá e a oração. Mas ela está "dormindo" no sentido de que suas devoções permanecer nos mundos inferiores e D'us não tem prazer nelas.

É vital despertar essas pessoas de seu sono, mas isso só é possível se primeiro ela começar a se mexer por conta própria. Os contos e histórias contadas pelos Tzaddikim tem o poder de despertar os que dormem, para que seus dias não sejam desperdiçados. Seria muito bom se encontrasse um Tzaddik que tenha o poder de despertar-lo do seu sono. Caso contrário, você pode dormir fora todos os seus dias, D'us nos livre.
Likutey Moharan I, 60



“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Basket de Bola de Matzoh - Flash Game



Descrição:Você fãs de jogos! Aqui está outro jogo incrível e desafiador para as crianças judias de todas as idades - Matzoh basquete - com uma bola feita de matzoh em vez da de basquete, um arco que se move!
Como Jogar:Mouse faz todas as ações

Música Vídeo - Mashiach Yavo - Yosef Karduner

Música - Mashiach Yavo 
Esse video leva você a um passeio bonito da Terra de Israel que aguarda Mashiach, com acompanhamento musical requintado de Yosef Karduner de "Mashiach Yavo" de seu novo álbum "mikdash Melech."



Shabat - Alguns Conselhos de Rabeinu Nachman - 2ª Parte


Shabat - Alguns Conselhos de Rabeinu Nachman  2ª Parte

Adaptado-Traduzido Por:
Gabriel Yosef Ben Yashar

Fundação de fé

Guardar o Shabat é o fundamento da verdadeira fé. Todos os nossos atos de caridade e outras boas ações só chegam a perfeição através do Shabat, que é a própria essência da fé. A caridade pode trazer muitas bênçãos e boas influências no mundo, mas ela na verdade só é revelada através do Shabat. Como a essência da fé, o Shabat é a fonte de bênçãos, colocando tudo no mundo até a perfeição final. Sem o Shabat e da fé que ela traz, tudo está em falta, incluindo a nossa compreensão piedosa e o conhecimento da Torá. Só podemos ganhar a grande Sabedoria da Torah somente através da influência do Shabat. Para experimentar a santidade essencial do Shabat, que é o fundamento da verdadeira fé, é necessário observar a pureza da santa aliança. O Shabat está profundamente ligado com a Aliança, e é por isso que é costume de passar o Shabat com os Tzaddikim, cuja santidade deriva da sua observância do Pacto de pureza em todos os sentidos. Passar um Shabat com um Tzaddik nos permite experimentar a verdadeira santidade do Shabat e aprofundar a nossa fé.

Likutey Moharan I, 31

Amar os outros

No Shabat todo mundo experimenta um determinado acessório de sua compreensão divina e consciência, e isso aumenta a sua capacidade de demonstrar amor aos outros.

A capacidade de uma pessoa de mostrar bondade aos outros, está relacionado com o seu nível de conhecimento e consciência divina. E aquele que oferece amor aos outros recebe um fluxo de amor celestial.

Likutey Moharan I, 119

Alegria dos Festivais

A alegria dos três grandes festivais, Pessach, Shavuot e Sucot, dá-nos uma parte da Luz de D'us, trazendo vida nova para a mente e a alma, e reforça a nossa percepção de D'us.

Nos festivais, devemos voltar para D'us com muita alegria. Em cada um dos festivais do mundo já está julgado ( Rosh Hashaná 16a). Um tempo de julgamento é o momento de retornar a D'us. Através do arrependimento, as forças da santidade são liberados a partir do porão de as cascas do mal, acelerando a redenção final.

Likutey Moharan I, 30


“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
 Direitos reservados A BRESLEV BRASIL
A cópia e uso do conteúdo são permitidos apenas com expressa citação da fonte

quinta-feira, 26 de abril de 2012

História Chassídica - Um avião, um barco e uma haftará

Um avião, um barco e uma haftará
Por: Steve Hyatt


O vôo da United para Filadélfia mal tinha deixado a pista em Portland quando eu tirei meu Chumash, coloquei meus fones de ouvido e toquei a fita que Rabi Vogel tinha me enviado para estudar para minha Haftará. Não pude deixar de sorrir quando ouvi suas primeiras palavras: "OK, Shloma Yakov, aqui está a fita, estou certo de que você será fantástico!"

Fantástico mesmo. Eu tinha estudado durante seis meses e não importa o quanto tentasse, simplesmente não conseguia memorizar as melodias de haftará. Seis meses antes, durante Simchat Torá, eu tinha feito uma promessa que cumpriria uma mitsvá: a de estudar e cantar a haftará que eu deveria ter apresentado no meu bar mitsvá 33 anos antes. Infelizmente, naquela época eu era um estudante tão ruim na escola de hebraico que meu piedoso professor Rabi Lapidut sabiamente me aconselhara a limitar minha parte a uma aliyah matinal e mais tarde liderar o serviço de minchá daquele dia. E mesmo aquilo tinha sido um enorme desafio.

Obviamente a vida tinha mudado desde que eu descobrira Chabad, e recitar a haftará da minha juventude tinha parecido uma boa idéia enquanto eu estava dançando com a Torá e cantando com meus amigos em Simchat Torá. Mas agora estava quase na "hora do jogo" e eu simplesmente não estava pronto. Até enquanto eu estava praticando no avião, subconscientemente estava procurando a desculpa certa para cair fora daquilo. "Eu tinha negócios a resolver em Minnesota e não pude voltar a Delaware, ou um alce atropelou meu carro na ida para o aeroporto e perdi o avião." Eu estava desesperado para evitar fazer papel de tolo na frente da família e dos amigos em junho.

Enquanto eu estava ali sentado, cheio de dúvidas, uma senhora de meia-idade passou, olhou para meu Chumash aberto, olhou para mim e depois continuou andando. Pouco depois ela passou de novo, olhou para o Chumash, novamente para mim, e seguiu andando. Repetindo isto por uma meia hora, ela finalmente parou na minha frente e fez um sinal para eu tirar os fones de ouvido. Ela disse: "Não é com freqüëncia que se vê alguém lendo um livro em hebraico num avião. O que você está lendo?" Expliquei que estava praticando para minha haftará.

Ela sorriu e sem ser convidada, sentou-se ao meu lado e começou a contar-me a história de sua vida. Era médica aposentada, morava em Los Angeles e juntamente com seu marido estava a caminho da Filadélfia para visitar o filho. Após uns 45 minutos, ela voltou à sua poltrona e começou a conversar com o marido. Em seguida ele levantou-se e foi falar comigo. Tirou do bolso um velho artigo de jornal e deu-me para ler. Ele explicou que a foto no artigo era da classe na escola de seu primo na Hungria, durante a Segunda Guerra. Ele apontou para o primo e disse que ele fora o único membro da classe que tinha escapado quando os nazistas invadiram sua aldeia. Ele achou que como eu estava estudando para minha haftará, talvez gostasse de ler o artigo.

A história comoveu-me, mas fiquei intrigado sobre o porquê de ele pensar que tinha uma conexão com minha haftará. Quando o avião aterrissou, a médica e seu marido se despediram e desapareceram na multidão do aeroporto.

Após apanhar minha bagagem, aluguei um carro, peguei a estrada e dirigi rumo sul, até o Chabad de Delaware, onde o segundo filho de Rabi Vogel, Arelê, celebraria seu bar mitsvá. Quando atravessei o limite do estado de Delaware, quase podia sentir o aroma do delicioso kuguel da Rebetsin no forno!

A noite seguinte, Shabat, foi de completa alegria enquanto amigos e membros da família rezavam, faziam kidush, comiam, riam e cantavam juntos. Na manhã seguinte, Arelê nos deixou orgulhosos liderando a reza, lendo da Torá e cantando uma haftará magnífica.

Quando terminou a reza, a celebração começou para valer, com um farbrenguen completo. Cada participante da mesa dividia idéias e sabedoria sobre a parashá, as responsabilidades que um rapaz assume no seu bar mitsvá e diversas discussões sobre espiritualidade e engajamento.

Em meio às festividades, Rabi Vogel pediu ao seu pai, Reb Noson Vogel, para relatar sua fuga miraculosa dos nazistas, no último barco saído de Calais, na França, antes de os nazistas dominarem o país. Depois de muito encorajamento por parte de todos, Reb Vogel concordou. Ele descreveu como, naquele dia fatídico, que "coincidentemente" fazia 61 anos exatos no dia do bar mitsvá de Arelê, sua irmã tinha convencido um guarda a deixar que ela e a família escalassem secretamente uma parede do navio e embarcassem antes que ele deixasse o porto. Como no final eles foram quatro, das menos de cem almas, que tinham escapado das garras dos capangas de Hitler naquele dia. Ele falou sobre a angústia de deixar o porto, enquanto milhares ficavam nas docas, sua última esperança de sobrevivência desaparecendo lentamente no horizonte.

Ele explicou que somente através da bênção de D’us ele e a família puderam escapar das mãos dos nazistas, e como ele tinha dedicado a vida a frustrar o supremo plano de Hitler, promovendo e apoiando a educação judaica no mundo inteiro. Alguns anos após partir de Calais, Reb Vogel estabeleceu a High School Lubavitch para meninos e a Yeshivá Lubavitch em Londres, enviando centenas de rapazes para divulgar o Judaísmo nas comunidades judaicas em todo o mundo. Ele prosseguiu dizendo que a cada mitsvá cumprida, com cada bar mitsvá celebrado (incluindo aqueles dos seus maravilhosos netos), e com cada novo menino ou menina educado, ele de alguma pequena maneira assegurava que não somente o povo judeu sobreviveria espiritualmente, mas iria florescer no mundo pós-Hitler.

Quando terminou o Shabat e estava na hora de voltar ao Oregon, eu tinha uma nova paixão no meu coração. Quando iniciei esta jornada, estava temeroso de "parecer tolo" na frente dos meus amigos, porque o tom da minha haftará não era perfeito. Após conhecer o casal no avião e escutar as palavras de inspiração de Reb Vogel, eu percebi que estudar e cantar a haftará era mais importante do que eu tinha imaginado.

Eu vi que, independentemente da qualidade melódica da minha haftará, era imperativo completá-la. Pois cada nota da minha haftará e as milhões que outros cantam e cantarão servem para nos lembrar que, apesar da má intenção dos faraós, dos Hamans e dos Hitlers da história, o espírito do povo judeu sempre brilhará em todo o mundo. Eles asseguram que as lágrimas derramadas pelo único sobrevivente de uma escola na Hungria não foram em vão. Que a determinação e fé que um garoto judeu e sua família demonstraram ao subir no último navio deixando a Alemanha de Hitler servirão para sempre como um farol de esclarecimento para meninos e meninas judeus, aprofundando seu apego ao estudo e modo de vida judaico.

Quando me sentei novamente, não pude deixar de me maravilhar pelas duas histórias dolorosas, mas inspiradoras, que tinha ouvido naqueles últimos dias. Agradeci a Hashem por estas bênçãos maravilhosas, peguei meu Chumash, ajeitei os fones de ouvido e voltei ao trabalho.


Fonte:Chabad.Org.Br

Hanukah - Matemática Game! Para você que é Rápido no Raciocínio!


Descrição: Jogo de matemática. Objetivo é completar 8.  Pegue uma vela e coloca em outra vela para obter 8.
Como Jogar: Todas as ações do jogo são feitas com o mouse

Música Vídeo - Yosef Karduner: Likutei Moharan I: 6 - "Tzarich Lihyot Baki"

Yosef Karduner: Shir Lama'alot
Linda Música do grande Cantor Breslev Yosef Kardune!





Um Dia Precioso - Preciosos Ensinos de Rabeinu Nachman!

Um Dia Precioso
Tradução - Adaptação:
Gabriel Yosef Ben Yashar

"Arrependei-vos um dia antes de sua morte "( Avot 2:10).
Ontem ou o amanhã podem ser a queda do homem. Hoje você pode ser despertado para D'us. Não se deixe ficar desanimados por causa do que pode ter acontecido ontem ou o que pode acontecer amanhã. Muitas pessoas tornam-se desanimadas, como resultado, param de colocar qualquer esforço real as suas devoções.  
É por isso que você deve "Arrependei-vos um dia antes de sua morte. "

"Antes de sua morte" é a sua vida inteira. Durante a sua vida inteira, você pode ser digno de apenas um dia de arrependimento.

Este dia é mais precioso do que todos os tesouros. Pois o que faz uma pessoa ganhar de todo o seu esforço mundano em apenas um dia? Nada resta de sua vida inteira que não seja isso um dia quando você voltar para D'us.

Sichot Haran # 288

Hoje

O mundo de hoje precisa se basear no presente. Tudo o que você puder fazer para servir a D'us hoje, faça de imediato, com determinação e sem demora.

Chayey Moharan # 431

Não seja velho

Não seja velho! É verdade que há anciãos piedosos, justos. Mas ser velho não é bom. Fique jovem - se renove a cada dia e faça de cada dia um novo começo.

Sichot Haran # 51

Um dia precioso

"Arrependei-vos um dia antes de sua morte "( Avot 2:10).

Ontem ou o amanhã podem ser a queda do homem. Hoje você pode ser despertado para D'us. Não se deixe ficar desanimados por causa do que pode ter acontecido ontem ou o que pode acontecer amanhã.

Muitas pessoas tornam-se desanimadas, como resultado, param de colocar qualquer esforço real as suas devoções.

É por isso que você deve "Arrependei-vos um dia antes de sua morte. "
"Antes de sua morte" é a sua vida inteira. Durante a sua vida inteira, você pode ser digno de apenas um dia de arrependimento.

Este dia é mais precioso do que todos os tesouros. Pois o que faz uma pessoa ganhar de todo o seu esforço mundano em apenas um dia? Nada resta de sua vida inteira que não seja isso um dia quando você voltar para D'us.

Sichot Haran # 288

O Agora

"Se Hoje, ouvirdes a sua voz!" (Salmos 95:7).

Tenha em mente apenas os dias de hoje e o momento presente. Quando alguém quer servir a D'us, ele pode ver isso como um fardo pesado. Mas se você lembrar que você tem apenas hoje, não será um fardo. Não empurre servir a D'us de um dia para o outro, dizendo: "Vou começar amanhã -. Amanhã vou rezar com devoção real"

Tudo o que temos é o dia de hoje e o momento presente. Amanhã é um mundo totalmente diferente.

"Se Hoje, ouvirdes a sua voz!" (Salmos 95:7). Hoje!

Likutey Moharan I, 272

Traduzido  do inglês para o português do site: Azamra.Org



“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
 Direitos reservados A BRESLEV BRASIL
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